A LUTA DAS MULHERES NEGRAS PELA SOBREVIVÊNCIA E AS BARREIRAS CRIADAS EM TEMPOS DE CRISES SANITÁRIAS NO BRASIL
Palavras-chave:
Mulheres negras. Feminismo. Colonialismo. Crise sanitária. Direitos FundamentaisResumo
O estudo discute a intensificação da violação da vida da mulher negra, especialmente durante crises sanitárias, como a tríplice epidemia (Zika, Dengue e Chikungunya), e a pandemia do Covid-19, evidenciando que a estrutura colonialista presente na sociedade brasileira as coloca em condição precária, dificultando a efetivação de direitos fundamentais. Para tanto, abordou-se a manutenção da lógica de desvalorização das vidas negras, em razão da herança escravista do Brasil, passando à análise das violações do direito à saúde durante a tríplice epidemia, bem como a manutenção da lógica de hipervulnerabilidade das negras no cenário da pandemia de Covid-19. Por fim, indica a falta de atuação e responsabilização do Estado em relação às negras, especialmente em momentos de crises sanitárias, considerando os deveres impostos pela Constituição Republicana de 1988. O trabalho foi produzido utilizando método indutivo, contemplando revisão bibliográfica.