ANÁLISE DE DESISTÊNCIA DO ATENDIMENTO TERAPÊUTICO A PARTIR DOS PRONTUÁRIOS DE UM SERVIÇO-ESCOLA DE PSICOLOGIA ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2018
Palavras-chave:
Serviço-escola de Psicologia; Prontuários; atendimentos psicoterapêuticos; desistência.Resumo
Esta pesquisa analisa dados da desistência do atendimento terapêutico a partir dos prontuários de um Serviço-escola de Psicologia de uma Universidade privada localizada na cidade de Curitiba, Paraná, dos anos 2015 a 2018, por entender-se que o estudo poderá contribuir para maior entendimento desse público e favorecera como fontes de informação para futuros estudos que aprimorem a eficácia nos atendimentos e aperfeiçoamento técnico dos psicólogos em formação. Objetivo geral: analisar as causas da desistência do tratamento psicoterápico e dentre os objetivos específicos estão: identificar os clientes e o que buscam nos atendimentos; caracterizar a clientela atendida a partir das variáveis sociodemográficas e clínicas; analisar os dados colhidos e as causas de desistência. Pesquisa documental, descritiva de caráter exploratório e de natureza qualitativa, e elencou dos 678 prontuários: idade média (M) foi de 25 anos e três meses com desvio padrão (DP) 15,22 e variância (VAR) de 23,66. Dentre eles, 61,2% são do sexo feminino, 38,64% masculino e um atendimento casal. Grau de instrução: 193 possuem curso superior completo/incompleto, 210 retém curso médio completo/incompleto, 211 o fundamental completo/incompleto, 13 dispõem curso infantil, 1 classe especial e os que não informaram totalizam 60 clientes. Encaminhamentos corresponderam a 42% oriundos principalmente da escola 8,99%, ciclo de amizades 7,66% e familiares 6,63% dentre outros. Renda informaram 46,6%. As queixas foram ansiedade 34,07%, dificuldades nos relacionamentos interpessoais 26,69%, dificuldades escolares 11,65% e depressão 5,60%. A média do número de sessões foi de M= 9,09 com mediana MED= 7 e por último, motivo de desligamento com alta 10,61%, abandono 23,45%, encerramento espontâneo 31,26%, recesso acadêmico 17,69% e os que só vieram na triagem 16,96%. Concluiu-se que as desistências somaram-se 71,67%, indicando necessidade de mais estudos para efetivação desses serviços.