FORTALECIMENTO MUSCULAR NO PACIENTE COM LESÃO MEDULAR EM NÍVEL CERVICAL

RELATO DE CASO

Autores

  • Nathália Zatorski Uniguaçu

Palavras-chave:

Traumatismo raquimedular. Fisioterapia. Reabilitação neurofuncional.

Resumo

A lesão medular é quando a medula espinhal é danificada seja por um trauma, doença ou defeito congênito, afeta a condução dos sinais sensoriais e motores no local da lesão, bem como o sistema nervoso autônomo. Através de vias aferentes e eferentes, presentes nesta estrutura, é possível proporcionar um elo de comunicação e resposta em todo organismo, portanto, uma lesão traumática compromete a propagação de informação, resultando em perda de capacidade motora, sensibilidade, controle vasomotor, esfincteriano e função sexual. A incidência de lesão na medula espinhal é de 15 a 40 casos por milhão de habitante, sendo que nos Estados Unidos ocorre cerca de 12 mil novos casos por ano e no Brasil estima-se aproximadamente 6 a 8 mil novos casos ao ano, sendo jovens e do sexo masculino. Os fatores etiológicos podem ser classificados em origens traumáticas e não traumáticas, sendo os acidentes automobilísticos, mergulho, armas de fogo, quedas os principais agentes lesivos a medula espinhal de origem traumática e as neoplasias, hérnias de disco, deformidade de origem não traumática. É considerada uma doença crônica que leva à deficiência, podendo desencadear significativas alterações físicas, psicológicas, sociais e econômicas no indivíduo, afetando quase todos os aspectos da vida. É classificada conforme o nível da lesão (cervical, torácica e lombar), totalmente ou parcialmente afetada, tetraplegia, quando há acometimento do movimento voluntário de tronco, membros superiores e inferiores, ou paraplegia, no caso de comprometimento de tronco e membros inferiores. A diminuição da capacidade funcional da pessoa com lesão medular afeta a família, que necessita reestruturar-se para cuidar do familiar em condição limitante. Devido o grande impacto funcional e por apresentar diversas complicações secundárias, a fisioterapia na reabilitação neurofuncional desses pacientes é fundamental para que o indivíduo possa buscar autonomia e funcionalidade durante a vida. Foi realizado um estudo de caso referente a um paciente com lesão medular em nível C6-C7, que teve como objetivo avaliar e verificar a alteração da força muscular de um paciente com sequelas de lesão medular atendido na Clínica Escola da Uniguaçu por meio da Escala de Avaliação da força muscular- MRC realizados no primeiro dia e com descrição dos resultados obtidos ao final do tratamento. Conclui-se que a fisioterapia motora com fortalecimento muscular obteve uma melhora considerável do hemicorpo esquerdo tendo em vista a comparação dos resultados antes e depois da intervenção fisioterapêutica, evidenciando que o fortalecimento muscular é de grande efetividade para a reabilitação do lesado medular.

Publicado

2020-12-14