DA MÁSCARA AO EU A CONSTRUÇÃO DA PERSONA DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS E SEUS DESAFIOS PSICOLÓGICOS
Palavras-chave:
saúde mental, agentes penitenciários, personaResumo
No ambiente prisional, os profissionais são constantemente confrontados com exigências e pressões que demandam uma postura autoritária, vigilante e impenetrável. Para se adaptarem a este contexto desafiador, muitos desenvolvem uma postura que reflete tais características. Entretanto, ao longo do tempo, essa máscara pode tornar-se tão arraigada que se confunde com a própria identidade do indivíduo, levando à internalização dos traços de autoridade e vigilância. Tal assimilação pode resultar em um afastamento gradual de suas identidades pessoais, prejudicando não apenas suas relações interpessoais, mas também sua saúde mental e emocional. Além disso, os agentes penitenciários frequentemente enfrentam o estigma e o preconceito da sociedade em relação à sua profissão, o que pode contribuir para um sentimento de isolamento e dificuldade em compartilhar suas experiências com aqueles fora do contexto prisional. Nesse sentido, a pesquisa destaca a importância de intervenções psicológicas e programas de apoio para ajudar esses profissionais a distinguirem seu papel profissional de sua identidade pessoal, promovendo assim o bem-estar emocional e social no ambiente de trabalho. O estudo investiga a complexidade da construção da persona entre agentes penitenciários em uma cadeia pública no interior do Paraná, explorando sua relação com a teoria de Carl Gustav Jung.